segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Jornalismo Cultural - Daniel Piza

Trabalho de Conclusão de Curso, ou o temível TCC. Apesar dos inúmeros significados alternativos para a sigla (Tô Completamente Confuso, Trabalhinho Chato pra Cacete, entre outras) não é o bicho de sete cabeças que fantasiei ao longo dos exaustivos e penosos anos de faculdade.

O segredo é ter um bom tema, onde você saiba sobre o que dissertar, uma bibliografia razoavelmente colaborativa e paciência para o famoso “enchimento de lingüiça”. Meu tema eram os fanzines do movimento punk e sua influência no jornalismo cultural. Disso eu entendo, já toquei em bandas punk, conheci parte do movimento, vi filmes e estudei o assunto. Além disso, encher lingüiça no Word é comigo mesmo.


O que me faltava é a bibliografia. Faltam publicações específicas e direcionadas a esse tipo de atividade, mesmo assim não fiquei com os bolsos vazios. Juntei fanzines, livros sobre o movimento e alguns exemplares de Daniel Piza.


O livro, escrito em 2003, faz uma análise interessante dos cadernos culturais e artísticos dos grandes jornais e revistas, começando lá dos primórdios, quando foi fundada a The Spectator, por Richard Steele e Joseph Addison. Isso, em 1711.


E o que isso tem a ver com meu tema de TCC? Simples, os fanzines também eram veículos de jornalismo cultural, dada suas dimensões. Geralmente estas publicações eram feitas para tipos específicos de público, direcionando para onde a informação poderia ser consumida, longe dos padrões tradicionais de consumo de comunicação.


Além de contribuir para minha pesquisa, Piza me ensinou fundamentos importantes do Jornalismo Cultural, vertente que pretendo seguir na carreira jornalística. Da teoria à prática, passando por exemplos figurativos e casos interessantes, o livro caiu muito no meu gosto, e pertence aos preferidos que dormem ao meu lado no criado mudo.


“Fazer jornalismo na área de cultura é uma das possibilidades mais fascinante da profissão. Quem não gostaria de passar a vida em contato com o melhor da arte e ainda ser pago para isso? Por trás de tanto glamour, no entanto, há dedicação equivalente à de qualquer outra área do jornalismo – embora muita gente, mesmo dentro das redações, insista em rotular o jornalista de cultura como um privilégio que trabalha menos (afinal, “dar opinião não é fácil”), não tem obrigação de cavar “furos” e ainda vive ganhando os melhores “jabás” – livros, CDs, DVDs, etc”. Este trecho do texto que preenche as abas de marcação do livro deixam claro o motivo da minha fascinação por este trabalho.


Comprei o livro pelo estantevirtual.com.br, por R$ 15,90. No site, é possível encontrar o mesmo livro por diferentes preços, dependendo do estado do mesmo. O meu estava em ótimo estado de conservação, tornando minha compra extremamente satisfatória.



por Rodrigo Knoeller


Nenhum comentário: